terça-feira, 18 de outubro de 2011

Capítulo 12 - Diversão no dever

- E o vencedor ou a vencedora é, é, é Rafael! Parabéns!
Ele foi aplaudido por todos, inclusive Larissa, que teve de engolir a perda. Humildemente foi cumprimentar o ganhador.
 - Eu preciso conhecer essa tua avó, ou pelo menos as receitas dela. Para ganhar dos meus bolinhos a receita tem que ser boa mesmo!
 - Eça com certeza vai amar te conhecer.
 Os dois foram interrompidos por André, que queria falar com Rafael sobre algum assunto particular. Lari aproveitou para ajuntar a louça e começar a lavar a louça. Como era de costume, enquanto o fazia gostava de passar o tempo falando com Deus. Estava orando pelo retiro, pelos líderes, pelos outros jovens que esse retiro fosse abençoador para todos. Quando finalizou a oração com um amém, escutou o mesmo de outra pessoa. Assustada olhou para trás, virando apenas o rosto pois estava com as mãos cheias de sabão dentro da pia. Viu Rafael vindo em sua direção com um pano de prato na mão.
 - Você não precisa me ajudar. Era o trato: quem perdesse ia arrumar a cozinha.
- Mas eu quero! Posso, por favor?
- Se você insiste.
Você estava orando agora pouco?
 - Sim, eu tenho um pouco de dificuldade em fazer a oração em um tempo pré-determinado ou antes de dormir. Ás vezes acabo dormindo antes do amém, ou esqueço.
 - E aí você aproveita o tempo enquanto está lavando a louça?
- Aham, na verdade, aproveito para fazer isso em várias ocasiões.
- Como?
- Enquanto eu lavo a louça, passo a roupa e faço os serviços de casa em geral. Ou também ás vezes quando ando de ônibus ou em qualquer outro lugar que eu sentir a necessidade.
- Muito interessante. Talvez eu começa a fazer isso também. Mas uma coisa preciso dizer, você é uma menina exemplar. Já sabe lavar a louça, limpar a casa, muito bem!
- Como se eu tivesse outra opção. Você acha que minha mãe me deixaria sair de casa se eu não soubesse fazer pelo menos isso? De jeito nenhum!
- Essa história eu conheço!
- Por que? A sua mãe também te obrigou a aprender tudo isso?
- Sim, mas como eu moro com a minha querida mãezinha, eu não preciso fazer nada disso. Mas se algum dia eu precisar, saberei fazer.
- Uau! Então qualquer dia desse quando estiver com preguiça de arrumar a casa posso contratar teus serviços?
- Mas é claro! Mas já vou avisando: eu cobro bem bem pelo meu trabalho.
- Ah é? E quanto o senhor cobra?
- Bem, normalmente eu cobraria cem reais a diária e claro dois vale refeição e mais o vale  transporte. É claro que também aceito gratificações no final do trabalho se achar que foi bem feito, o que é obvio. Tudo o que eu faço fica perfeito, na verdade, eu sou  perfeito.
- Claro! E muito humilde também! 
- Sempre! - ele falou essa últimas frases com tanta convicção e confiança que ela não aguentou . Dobrou sua mão em forma de conchinha, mergulhou ela na água com sabão e jogou ela bem na cara de Rafael. 
 Não estava esperando por isso, mas reagiu rapidamente. Pegou a espoja, que estava no canto da pia, mergulhou-a na mesma água com sabão. Uma mão colocou por cima dos ombros de Larissa para segurá-la e com a outra  espremeu a água dentro da esponja em cima da cabeça dela, molhando todo o seu cabelo. Isso aconteceu tão rápido que ela só se tocou do que estava acontecendo quando sentiu a água escorrendo pelo canto do seu rosto. E soltou um gritinho que só ela era capaz de dar.
 O acontecimento seguinte era quase inveitável: guerra de água! Entre mais esguichos e "mãozadas" de água os dois quase não se aguentavam de tanto rir. De repente seguraram a risada e tentaram ficar sérios. Viram Felipe entrando pela porta do refeitório e se viraram rapidamente para a pia e fingiram estar trabalhando. Mas foi muito difícil segurar o riso. Felipe não deu três passos que eles já estavam gargalhando novamente, e, de qualquer forma o cabelo, o rosto, a roupa, o chão, tudo estava tão molhado que denunciava eles!
 - O que os senhores estão aprontando?
 - A gente? Nada, só estamos arrumando a cozinha. Não parece?
 - Eu preciso responder? Eu acho que esse chão já diz tudo!
 - Que nada a gente só queria aproveitar pra limpar o chão também já!
 - Ah, tá bom. Vou acreditar em vocês, ou fingir que acredito! Mas falando sério já está quase na hora do silêncio e pelo que eu estou vendo, vocês ainda vão ter que tomar um banho. Vou dispensar vocês dessa vez, mas só dessa vez, hein. E só por que o lanche estava realmente bom. 
 - Muito obrigada Felipe, você é o melhor líder do mundo! 
 - Obrigado, agora vão logo.
 Os dois saíram as gargalhadas, Lari estava tão desatenta que se Rafael não tivesse segurado sua mão depois de ela tropeçar teria caído no chão e rolado morro abaixo! Nem viram Felipe sorrindo para eles lembrando dos tempos de retiro dele, quando também fizera algo parecido e foi aí que conheceu Karina, mas isso já é outra historia! 
 Durante o resto do retiro ainda fizeram muitas brincadeiras, uns aprontaram com os outros, tiveram bons momentos na presença de Deus e se divertiram muuito ainda! Chegando em casa Lari e Gabi foram direto cada uma para o seu quarto e dormiram de tão esgotadas que ficaram do retiro!

4 comentários:

  1. Muito bom amiga, mas eu ainda estava torcendo pela Lari...
    hahahhahahha

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  2. Ehhhhhhhhh!!! Acertei. A Lari perdeu.
    Sabe, eu tenho costume de orar como a Lari.
    Também gostei da guerra de agua.

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  3. Olá! Vi que você tem acompanhado o meu Blog.
    Fico muito feliz e agradeço... Vi que você também escreve... assim que der vou começar a ler sua história...
    Continue curtindo O reino de Betra
    abraços

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