quinta-feira, 28 de abril de 2011

Capítulo 3 - Adivinha quem chegou?

Capítulo 3

            - Ai amiga você viu o Rafael? Ele é muito lindoo, e ele sentou do meu lado no filme e a gente conversou, ai ele é muito legal, ele é tudo!
            - Calma aí, respira um pouco, eu percebi que você tinha achado ele bonitinho e que vocês bateram um papo enquanto eles não resolveram o problema do filme, mas eu na sabia que você tinha se impressionado tanto com ele!
            - Não é pra tanto também, mas ele... Ah, eu não sei explicar, é uma coisa meio diferente dos outros meninos que eu gostei.
            - Larissa Mendes você está apaixonada? – perguntou Gabi quase rindo.
            - Não claro que não eu nem conheço ele direito, se bem que...
            - Se bem que o que?
            - Nada Gabi, nada não.
            - Me conta, senão...
            - Senão o quê heim?
            - Senão eu faço isso...

            E jogou uma almofada na amiga, o que não deu outra: começaram uma guerra de travesseiros, ou-almofadas-tanto-faz. Mas tiveram que parar devido a uma pequena interrupção, o bendito telefone!
            - Alô! – Foi Gabriela quem atendeu
            - Boa noite senhorita Gabriela.
            - Mãe?
            - Eu mesma, não posso ligar para minha filha da qual eu to morrendo de saudades?
            - Claro que pode, mãe. Tudo bem com vocês aí?
            - Tudo sim. E você? Está estudando muito? Eu não interrompi você no meio dos estudos né.
            - Não, eu acabei de terminar de estudar. – E Larissa disparou uma gargalhada
            - Dona Jackeline, sua filha é muito estudiosa, ela acaba de terminar um trabalho sobre as aves, mais precisamente sobre as penas das aves. – Gritou Lari ao telefone.
            - E posso saber, o que as penas das aves tem a ver com Botânica, menina?
            - É um assunto meio difícil de explicar...
            - Que nada, eu sei explicar o seu trabalho em três palavras: GUERRA-DE-TRAVESSEIROS. – falou a mãe.
            - Da onde você tirou essa idéia, heim mãe?
            - Eu vou te contar, é da sala toda cheia de penas de ganso espalhadas pelo chão...
            - Como assim? – E nisso a mãe tocou a campainha da casa.
            - Ops. – Falaram as duas amigas juntas.

            -Mãe! O que é que você está fazendo aqui? Você podia ter nos avisado. E se a gente não estivesse em casa? E como você subiu pra cá?
            - Calma aí, até parece que vocês aprontaram, quer dizer, pela aparência desta sala, até daria pra dizer que vocês aprontaram uma, heim?
            - É que, sabe como que é D. Jacke, a gente só estava relembrando os velhos tempos da infância, das festas de pijama e tudo mais.
            - É, mas pra uma festa de pijama ainda falta muito. Cadê as pizzas? Os filmes? O brigadeiro de panela? As revistas de fofoca? Vocês não pensaram em nada mesmo, ainda bem que tem uma mãe aqui que pensou em tudo isso. Ah e eu quase ia me esquecendo, A Lanterna...
            - Mas o que ta acontecendo aqui mãe? Me explica primeiro, o que você está fazendo aqui?
            - Como eu já disse, eu estou com saudades da minha filha.
            - Mas como você foi parar aqui?
            - O tio Marcelo me trouxe.
            - Lá de Campo Grande?
            - Não do Amazonas, claro que é de Campo Grande. – falou Larissa no meio
            - Tá, mas como?
            - O tio Marcelo tinha que reparar uma máquina de um hospital aqui perto e eu perguntei se eu não podia vir junto. Por quê? Você não me quer aqui?
            - Claro que sim, eu to super feliz que você veio, mas são 14 horas de viagem.
            - Eu sobrevivi.
            - Desculpe interromper o interrogatório, mas já que pelo que parece, a gente vai fazer uma festa de pijama mesmo, posso começar a fazer o brigadeiro já? – Perguntou Lari.
            - Pode aqui tá a lata de leite condensado, chocolate em pó vocês tem não é?
            - Sim. – E ela lá foi pra cozinha preparar o brigadeiro deixando mãe e filha conversarem um pouco...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Capítulo 2 - Church

- Vamos logo Larissa...
- Calma aí, você está sempre tão adiantada e aí vem dizer que sou eu quem está atrasada!
- Lari, são 16: 45 e o grupo começa ás 19:00, e a gente demora 10 minutos pra chegar lá.
- Então, a gente pode sair da que a cinco minutos.
- Você é impossível!

Tá bom, elas chegar poucos minutos atrasadas, mas como estamos no Brasil e as coisas não são lá muito pontuais, elas conseguiram entrar antes de começar. Esse era o grupo de jovens da igreja onde elas participavam. No começo elas ficaram meio tímidas já que vieram de outro estado e eram novas ali, mas conseguiram se enturmar facilmente, graças á habilidade de Larissa de fazer amigos rapidamente; Toda sexta-feira eles se reúnem, para o tamanho da igreja, que não era muito grande, até que vinham bastantes pessoas, geralmente umas 20 a 30. É um tempo bem divertido com um louvor agitado brincadeiras, ás vezes com comida e eu tempo em que podiam aprofundar mais o relacionamento com as pessoas e com Deus. Os líderes, Karine e Felipe, eram amados por todo grupo, sempre tinham idéias criativas pra bagunças e para evangelizações as vezes. Os dois cantavam no louvor e encantavam todos com suas vozes, que não eram nada ruins. Mal começa o culto e as duas amigas já estão cochichando...
- Gabi do céu, quem é aquele gato sentado do lado da Gil?
- Sei lá, deve ser algum visitante.
- Será que eu já conheço ele?
- Se você conhecesse um gato desses, você lembraria quem é.
- Nisso você tem razão amiga. Mas esse rosto me parece familiar...
-Larissa, você não quer ler o texto para nós?
- Errr, desculpa Felipe, eu estava tratando de uns assuntos muuuuito importantes aqui com minha amiga.
- Sei. Alguém se voluntaria para ler o texto em Romanos 12:3?
- Eu leio – falou o visitante
- Isso que é um exemplo, né Lari? Como é seu nome, por favor?
- É Rafael.
- Muito bem vindo então Rafael, você pode ler o texto?
 - “Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.”
- Obrigado. Então o que vocês podem perceber desse texto?
- Que os romanos se achavam muito! – comentou um jovem.
- Por quê?
-Ué, se Paulo escreve que ninguém deve ter de si mesmo, como é que é mesmo?
- Um conceito mais elevado do que deve ter...
- Isso mesmo, ou seja, eles se achavam e eram metidos a beça.
- Muito bem Pedro, esse é um comentário a ser considerado. Mas é uma pena que ele não possa ser aplicado nos dias de hoje, não é?
- Mas é claro que não, - comentou outra jovem – imagina só, alguém hoje em dia se achar mais importante, bonito, engraçado entre muitas outras coisas.
- A esse ponto eu queria chegar. Sabe aquela pessoa no trânsito, que atravessa o sinal vermelho, ou não respeita algum pedestre que quer atravessar, será que essa pessoa não está tendo um conceito mais elevado de si mesmo do que deveria ter? Alguém pode me dar mais um exemplo?
É claro que o grupo todo começou a conversar, alguns nem conversaram sobre o assunto, aproveitaram para conversar sobre banalidades. Mas Felipe conseguiu catar alguns exemplos que os jovens davam.
- Quando um menino fica com uma menina e dispensa-a por que enjoou dela, ele se achando superior a ela, que ele pode ficar usando ela e largar a hora que quiser.
- Quando alguém pede ajuda para alguma coisa e a pessoa não quer ajudar só por que a pessoa não faz parte do grupo social dele.
- Felipe?
- Sim Juliana?
- Ter um conceito mais elevado dele mesmo não pode ser considerado arrogância?
- Claro que pode muito bem colocado. Eu acho que todo mundo já entendeu o que eu quis dizer, não é? E a segunda parte do versículo. Alguém se lembra do que se tratava?
- Era alguma coisa de ter um conceito equilibrado...
-Isso mesmo Larissa, começou a prestar atenção heim? Será que era o texto que estava interessante ou a pessoa que leu o texto?
Foi isso que bastou pra que todos começassem a rir e a conversar de novo, mas o líder conseguiu recuperar a atenção de todos e continuar a mensagem...

Logo depois de ter acabado, Larissa, Gabi e mais alguns saíram para respirar um pouco de ar no pátio e é claro, conversar. Na verdade isso meio que já virou rotina, quando não estava muito frio é claro, as vezes ficavam até duas horas conversando depois ainda, se Karine e Felipe agüentassem ficar tanto tempo lá, o que geralmente era o caso. Mas desta vez eles tiveram uma idéia de ir assistir um filme e pedir pizza para acompanhar, não é nem duvida que todos aceitaram a idéia. O grupo todo foi a pé, já que a casa deles era a três quarteirões da Igreja. Houve uma pequena discussão sobre que filme iam assistir, os meninos querias filme de ação, as meninas de comédia romântica, e por fim acabaram escolhendo o filme “Desafiando Gigantes”. Foi um pouco complicado fazer todos caberem na sala, que não era lá muito grande, eles se apertaram um pouquinho e acabaram cabendo. Larissa infelizmente teve que se sentar ao lado de Rafael, não é horrível? Na verdade ela até que gostou bastante de ter que ficar uma hora e meia sentada ao lado do gatinho novo da igreja e o pior é que o filme travou e os dois começaram a conversar:
- Da onde você veio? – perguntou Lari
- Você não deve conhecer, é meio longe daqui.
- Eu era uma ótima aluna em geografia, deixa eu ver se eu sei onde fica esse fim de mundo.
            - Na verdade não é fim de mundo, mas sim Mundo Novo.
            - A mas isso é pertinho o bairro Novo Mundo é aqui do lado, quer dizer, de ônibus da uma boa hora, ou um pouquinho mais.
            - Eu sabia que você não sabe onde é eu não vim do Novo Mundo aqui no Paraná, eu vim de Mundo Novo em...
            - Mato Grosso do Sul, perto da fronteira com o Paraná e também quase na divisa com o Paraguai. Ao lado da cidade de Guaíra, onde até faz pouco tempo existiam as sete quedas*, mas eu acho que você também deve saber de tudo isso não é?
            - É claro que sim, mas como você sabe, andou pesquisando o meu histórico na Internet?
- Na verdade sim, gosto de saber se os visitantes não são marginais ou coisa parecida...
- Ah é?
- Aham.
- Então tá. Mas posso saber como você soube que eu ia vir aqui hoje?
- Me desculpe, mas eu não posso revelar as minhas fontes. – e os dois começaram a rir
- Mas falando sério, você deve ser uma aluna muito boa pra saber onde fica a minha cidade.
- Isso ou passar todo ano as férias lá.
- Isso já é uma explicação mais fácil de acreditar. Mas não é meio cansativo viajar umas 10 horas de carro todo ano?
- Na verdade eu morava e Campo Grande, eu só vim pra cá com a Gabi pra estudar.
- Gabi é aquela menina com   quem você estava conversando?
- Isso mesmo.
- É eu imaginei que vocês fossem amigas, não se desgrudam um segundo.
- Não é pra tanto também.
- Eu só tava brincando, mas é bom mesmo ter alguém com quem se pode contar sempre, desde que isso não te impeça de fazer novas amizades.
- Bem pessoal, o Jordan já conseguiu arrumar o DVD aqui – e todo grupo começou a aplaudir ele, como se tivesse ganhado algum prêmio importante – vamos continuar o filme. 

*Sete Quedas, era um parque liiindo em Guaíra mas que foi alagado por causa da usina de Itaipú.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Capítulo 1 - Rotina e Desastre

-Larissa, acorda menina. Vamos você tem que ir pra faculdade. Acorda, por favor. Se você não acordar agora, prometo que vou jogar o rascunho do teu livro no lixo...
-O que foi? Quem que ta lendo um livro no lixo?
Assim começa mais um dia de Larissa e Gabriela, duas amigas inseparáveis desde que se conheceram, tirando aquela vez em que brigaram por causa de uma saia que tinha sumido. Bom, deixa pra lá. Então como estava falando, desde que se conheceram não desgrudavam uma da outra. Quando meninas brincavam com as mesmas bonecas, gostavam das mesmas cores, tinham a mesma comida preferida e havia muitas coisas mais que tinham em comum. Conforme iam crescendo continuavam gostando das mesmas coisas e etc. Quando chegaram ao final do Ensino Médio, continuavam gostando das mesmas coisas, iam à mesma igreja, no mesmo grupo de adolescentes, gostavam até mesmo dos mesmos meninos, mas como não ligavam mesmo para elas, riam da cara deles, ás vezes também aprontavam algumas. Claro que mesmo aprontando, sempre aprontavam juntas. Quando escolheram a faculdade, adivinha só? Será que elas fizeram o mesmo curso? Você disse sim?Está errado. Por incrível que pareça Larissa fez curso de secretariado e Gabriela fez o de botânica. Estranho, não é? É mas a mãe de Gabriela insistiu muito, muito, muito mesmo. Mas, apesar de fazerem cursos diferentes, estudam na mesma faculdade e fazem um curso de gastronomia juntas. Fazer o quê?
Eu acho que já deu pra entender que elas faziam tudo junto e gostavam das mesmas coisas e bem, já que estão fazendo faculdade em Curitiba, na verdade elas vem de ..., elas estão morando juntas em um apartamento alugado, perto da faculdade. Então, voltando pra a manhã de terça-feira, ou será que hoje já é quarta-feira? Bem, tanto faz, elas estão atrasadas do mesmo jeito!
- Gabi, cadê a minha calça Jeans que você usou na semana passada?
- Talvez ela esteja lá onde você deixou a minha blusa que usou na semana retrasada.
- Que blusa?
- Que calça?
- Eu ‘to falando sério onde ta a minha calça?
- Ela ta em cima do balcão, do lado da sua bolsa.
- Muito obrigada, senhorita “emprestaminhascoisasenãodevolve”.
- Muito de nada!
            Mas apesar de serem tão parecidas no gosto, na personalidade não eram tão parecidas, na verdade eram quase que uma o oposto da outra. Larissa era bonita, era alta, tinha cabelo loiro do tipo “menina popular de filmes americanos”. Ela tinha olhos azuis. Ela era muito agitada, faladeira, não parava um minuto quieta. Ela gostava de rir, cantar, inclusive cantava no louvor da igreja, bem, voltando ás características, ela também gostava de passear, principalmente no shopping por hoooras e horas. Já Gabriela...
            - Gabiiii...
            - O que foi?
            - Você já tomou café?
            - Já faz uma era! Vamos logo, a gente chega todo santo dia em cima da hora.
            - Calma menina, nós não vamos chegar atrasadas, pelo que eu sei, nós nunca chegamos depois de o sinal bater!
            - Ai, para de conversar e come logo.
            - Já estou pronta, vamos?
            - Já não era hora.
            Desculpem a interrupção, mas vou eu saber a hora que elas vão conversar? Bem, onde estávamos mesmo? Ah sim, Gabriela... Ela era linda, não que Larissa não fosse ela era bonita, mas não tinha aquela beleza natural que Deus dera a Gabi, que por sorte não precisava nem passar maquiagem. Tinha cabelos castanhos ondulados, olhos esverdeados, ás vezes puxados um pouco para o azul. Ela gostava muito de ler, escrever, tanto é que tinha um diário no qual escrevia todo dia, sem exceção, amava escutar música de vários tipos, mas o estilo preferido era clássico (meio fora de moda, mas acredite ainda tem gente que gosta disso), ela tocava flauta transversal, muito bem por sinal. Ela também amava ir passear, mas em vez de shoppings cheios de gente, preferia um parque tranqüilo.

            Chegaram ao colégio, cada uma foi para o seu prédio. Que tragédia heim? Estudar em prédios diferentes. Como era começo de semestre ainda, acabavam entrando alunos novos nas salas, o que aconteceu com Larissa, e ela não esperou nem a hora do recreio para contar a novidade pra amiga:

            Lari_s2: Gabi, você não sabe o que aconteceu...

Gabi.Flower: O que foi que aconteceu?

Lari_s2: Foi muito vergonhoso, você não vai acreditar...

Gabi.Flower: Conta logo, eu estou nomeio da aula de química e não quero ser pega pelo professor mexendo no celular.

Lari_s2: Tá, então, você sabe que ainda estão entrando alguns alunos novos no colégio né?

Gabi.Flower: Sim e daí?

Lari_s2: Estou eu toda feliz entrando na sala de inglês, que por acaso ninguém merece ter a essa hora da manhã, quando eu esbarro com um menino que eu nunca tinha visto lá, quase tropecei nele e caí no chão. Mas graças a Deus eu consegui salvar minha reputação a tempo, por que imagina o tema das fofocas amanhã ser “Aluno novo derruba menina da sala no chão, e ela se rala toda.”, não daria né?

Gabi.Flower:  Ai como você é exagerada, mas e ele? Era bonitinho pelo menos?

Lari_s2: Essa é a pior parte, ele era muito, mas muito FEIO!!! Coitado, ninguém merece ser tão feio. Ele era ruivo com um monte de sardinhas e era gordinho ainda por cima.

Gabi.Flower:   Meus pêsames então, bye!

Lari_s2: Até o recreio. Encontro-te na biblioteca.

Pois é, deu pra ver que elas não são as alunas mais exemplares, trocando mensagens na aula, mas as notas delas até que eram boas.  E aquele menino então, que azar heim? Vem um aluno novo e as meninas ficam naquela expectativa: “Será que ele é bonito?”, “Tomara que sim, a gente bem que ‘ta precisando de uns gatinhos aqui!”, “É né, por que o negócio aqui tá feio, nenhum piá descentemente bonito pra gente ficar comentando na aula.” E assim por diante iam os comentários, mas no final: uma bela de uma decepção, ou melhor, uma decepção beeeem feia. Desculpem não se pode dizer isso de alguém, vamos apenas dizer que ele era desprovido de beleza. Mas vamos ver no que isso vai dar...
Continuando ao dia de aula, que por sinal não está indo muito bem, Larissa ainda teve que se sentar atrás de quem? Isso mesmo, atrás do aluno novo!
- Vamos ficar quieto, por favor. – A professora tentava acalmar a turma, mas vocês sabem às vezes essa tarefa pode ser um pouquinho difícil – já que ninguém vai prestar atenção mesmo, vou começar a aula.
- Err, professora...
- O que foi Michelle?
- É que tem um aluno novo na sala e q gente queria saber o nome dele.
- Ahh, então se apresente, por favor, Sr. ...
- Matheus é meu nome, desde que eu nasci.
- E antes era como? – perguntou Vitor, que fazia o papel do engraçadinho da turma, às vezes nem tanto, mas vamos deixar isso pra lá.
- Antes era embrião mesmo, depois mudou para feto... E aí minha mãe começou a pensar em nomes: “Lucas não, eles são muito bagunceiros, Leonardo é meio comum, Vítor, não, é muito feio, comum e ninguém ia querer namorar com ele, imagina só a menina apresentando o namorado: ’Esse é o Vítor’, que horror.” Aí ela pensou em Matheus: “ Perfeito!” – E a turma toda disparou uma gargalhada só!
- Ah fala sério. – retrucou Vítor.

È claro que depois disso a professora custou mais alguuuns minutos para finalmente acalmar a turma e poder começar a aula.
            No recreio as duas amigas se encontraram, e é claro que Lari não podia deixar de comentar esse episódio, mas faladeira do jeito que é, acabou falando um pouco alto demais e as duas levaram uma bronca da bibliotecária. O que para falar a verdade, vai acontecer muitas vezes ainda...